terça-feira, 13 de outubro de 2009

Uma lição de vida de uma "mulher da vida"


Museu Histórico de Araxá Dona Beja


Um dia mudou para uma cidade de Minas Gerais, Araxá, uma mulher que se chamava Dona Beja. Ela foi fazer lá a única coisa que ela sabia fazer na vida: Prestação de serviço ao público masculino da cidade.

Não, ela fazia muito bem, coordenava a coisa, vinham políticos do Rio de Janeiro, de São Paulo, para ter uma noitada na chácara da Beja, porque ela era famosa.

Ela era competente no que fazia. Mas um dia, as virgens da cidade ficaram indignadas, não é? Aquela cortesã, andava na rua, todo mundo cumprimentava, “como é que vai, Dona Beja? Como é que vai a senhora?” Tinha uma influência como se fosse uma primeira Ministra da cidade.As virgens ficaram indignadas e resolveram afrontar a dona Beja.

As virgens, um dia, se reuniram no Salão Paroquial, pegaram uma bandeja de prata, defecaram na bandeja, cobriram com uma toalhinha de renda e mandaram para a Dona Beja uma bandeja cheia de fezes, como se fosse um presente. A Dona Beja recebeu a bandeja. Quando ela destampou, viu que tinham fezes, ela não se abalou.

Segundo a história, ela pegou a bandeja, jogou fora as fezes, mandou lavar a bandeja, desinfetar, saiu do lado de fora, no jardim que ela tinha, era uma chácara, ela colheu, gente, as rosas mais bonitas do jardim dela, colocou na bandeja e devolveu a bandeja para as virgens, com um bilhetinho assim:

“Cada um dá o que tem de melhor”.


1 comentários:

Anônimo disse...

Que bom está escrevendo mais, isto é bacana.